Núcleos setoriais de inteligência: qual o caminho de Assis?

por toninho — última modificação 27/01/2021 00h12
O projeto piloto foi desenvolvido pela Fatec de Jaú priorizando a indústria de calçados femininos, que é a vocação da cidade.

Uma rede de inteligência apoiando 14 segmentos prioritários para a economia está sendo criada pelo Governo do Estado de São Paulo. O setor de inovação do Centro Paula Souza, que administra o ensino tecnológico do Estado terá a coordenação geral. 

Segundo o diretor da agência Inova Paula Souza: "O objetivo é suprir os diferentes arranjos produtivos com informações estratégicas. Como são aglomerados de empresas de um mesmo segmento é importante que haja dados compartilhados, como os conteúdos sobre patentes e projetos científicos".  Ver site: http://www.inovapaulasouza.sp.gov.br/

O projeto piloto foi desenvolvido pela Fatec de Jaú priorizando a indústria de calçados femininos, que é a vocação da cidade. Agora o modelo será espalhado por 13 segmentos prioritários para o desenvolvimento econômico do Estado de São Paulo. As cidades com os segmentos incluídos na Rede de Inovação são bastante conhecidas.

Alguns exemplos são: São José dos Campos com segmento aeroespacial, Ibitinga-Americana com segmento têxtil, Piracicaba com segmento etanol, Birigui-Jaú-Franca com segmento calçadista, Mirassol com segmento em móveis, Tatuí-Itu-Tambaú-Vargem Grande do Sul segmento em cerâmica, Ribeirão Preto segmento médico-odontológico, Holambra segmento flores ou São José do Rio Preto segmento jóias de ouro. Há outros segmentos como plásticos, metalmecânica, cosméticos ou semijóias que abrangem esse universo. O importante é que a cidade tenha vocação e coloque sua inteligência a favor disso.

O desafio é a construção do futuro econômico para cidades e suas microrregiões. E Assis ainda não descobriu sua vocação. Estando somente como uma pequena microrregião em comércio e prestação de serviços. 

Sem um projeto estratégico que mobilize nossas forças, ficaremos vendo o desenvolvimento de outras regiões e perderemos rapidamente o bonde da história. Além da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Indústria e Comércio (ainda sem um Titular), é necessário criar um mecanismos para discutir o problema e encaminhar soluções. Aí entram empresários e consultores da sociedade civil, além de Associações e Sindicatos patronais e de empregados. 

A ação tem caráter de urgência e qualquer tempo perdido será um terrível ônus no futuro. Vamos pensar coletivamente no futuro de nossa cidade. Vamos trabalhar em grupo. Qual o tipo de cidade que queremos construir para as próximas gerações? Continuaremos a assistir a fuga de investimentos e de cérebros? A continuar no ritmo atual de indefinições estratégicas, o legado será classificado como descaso, egoísmo e mediocridade. Será que Assis possui um núcleo de inteligência? Caso a resposta seja positiva, que o mesmo se apresente!

 Valmir Dionizio – Vereador PSC -