Legislativo cobra reforço de profissionais na saúde após redução no horário da UBS Maria Isabel

A redução do horário de atendimento da Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Maria Isabel foi tema de discussão na 32ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Assis. O posto, que por muitos anos funcionou até as 19h, passa a encerrar o atendimento às 17h, de acordo com a fala do vereador Lucas Gomes.
Em sua manifestação, o parlamentar relatou que procurou a unidade para entender os motivos da mudança e foi informado de que a redução se deu pela falta de funcionários. “Hoje estive lá na unidade e encontrei uma munícipe grávida que pegou o portão fechado, e não teve aviso nenhum, que reclamou ter saído correndo do serviço para buscar um encaminhamento no posto”, disse o vereador. Ele reforçou que a UBS atende cerca de 8 mil pessoas e é referência para quatro equipes da Estratégia Saúde da Família, lembrando que aproximadamente 62% da população de Assis é atendida pela Atenção Básica.
Segundo Lucas Gomes, ele protocolou um requerimento à Prefeitura solicitando informações sobre o número de cargos livres na rede de Atenção Básica, discriminados por função e unidade, a existência de concursos públicos em vigência e os prazos para convocação dos aprovados. “Recebi informações de que parte dos profissionais cedidos ao Hospital Regional deve retornar ao município até o fim do ano”, acrescentou, segundo ele, como possível solução para reforço da equipe da UBS.
Além do requerimento, o vereador enviou um ofício ao Conselho Municipal de Saúde, pedindo que o órgão discuta e emita parecer sobre a redução do horário de funcionamento da unidade. No documento, conforme Lucas Gomes, é ressaltado que a UBS está localizada em uma região periférica, onde muitos munícipes só conseguem procurar atendimento após o horário de trabalho, e que a saída de um médico plantonista, que atendia das 7h às 19h, contribuiu para a situação. “A saúde de Assis passa por um momento muito difícil, se não o mais difícil de sua história, e nós precisamos fortalecer a atenção básica e não fechar as portas da unidade”, finalizou o vereador.
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